Vagão Alternativo – Amadurecimento musical

Olá, seres providos de carbono e amoníaco, tudo bem com vocês?

Vamos tratar hoje de algo um tanto quanto simples que, por sua vez, foge das linhas abstracionais dos diversos (psico)paradigmas adentro dessa grande máquina feita de carne programada para viver, chamada Ser Humano.

Tudo bem, até tem uma ligação, mas a deixemos oculta, certo?

Bom, aposto que você, meu caro, tem uma banda preferida, não é? Se não for uma banda, um cantor, um grupo, ou coisa do tipo. Aquele que acompanha desde sabe-se lá quando e que dedicou algumas boas horas de sua existência para saber um pouco mais da história deste, curiosidades, vida, etc…

Você tem todos os discos dele e se não tem, ao menos conhece todos. Pronto, essa é uma receita preparatória para se autodenominar fã.

Então, a banda anuncia que está trabalhando em um novo disco, você fica empolgado, ansioso, esperançoso por mais uma obra prima dos seus ídolos. A música single é disponibilizada para download e você logo baixa… Está diferente… Tudo bem, não vamos julgar um álbum por uma música, vamos esperar o lançamento.

Chegado o grande dia, fones de ouvido preparados, play:

“O pior trabalho da banda! Um lixo! Acabou, não são mais os mesmos!”

Pois é, realmente não era o que você estava esperando… Mas tem uma coisinha que você não entendeu:

O músico também é um ser humano, assim como você. E seu trabalho é um espelho de suas emoções.

Diga-me você, há dez anos você gostava das mesmas coisas que hoje? Você tinha os mesmos anseios, as mesmas vontades, os mesmos planos?

Sei que não.

Digo por mim que estranhei o Subliminal Verses do Slipknot, haviam mudado muito, mas tudo bem, quando veio o All Hope is Gone a mesma coisa, esse último aí nem quis ouvir. Lembro também quando o Manson lançou o “Eat me, Drink me”, critica em cima de critica. Como pode o andrógeno trevoso satanista fazer um disco inteiro sobre relacionamentos? Pois é, agora com a volta do Guns n’ Roses, voltaram também as reclamações sobre o Chinese Democracy ser o pior cd da banda…

Coisa que o fã não entende é que assim como mudamos, o músico também muda e isso influencia em sua música. (No caso do Guns, o Axl aprendeu a cantar. Sério, ele acabou com a garganta antigamente, hoje ele está recuperando-a com técnicas vocais…)

Então, amiguinhos, vocês não precisam mudar de banda favorita se entenderem que elas também mudam.

Bom, por hoje é só, caros seres bípedes consumidores de oxigênio.Voltamos com mais musicalidade na semana que vem.

Um grande abraço no cerebelo e aquela chacoalhada gostosa no fluído encefálico e…

Hasta ^^